Porta da saudade
Cemitério Prado do Repouso, Porto
Antes demais, uma explicação do porquê desta porta (lá por não ter puxador, penso que se possa considerar na mesma porta).
Depois do Remus ter considerado que tinha superado o desafio da Porta da Casa de Banho, lançou-me outro. Mas, desta vez não era possível retratar o que pedia, pelo menos daquela forma. Pelo que, sem fugir totalmente ao pedido, "contornei" o desafio lançado.
Agora, uma breve explicação sobre quem são aquelas pessoas maravilhosas ali identificadas.
As duas de cima são os meus avós paternos, e o meu tio, que nunca conheci.
Os meus avós nasceram em Arcos de Valdevez e vieram viver para o Porto.
O meu avó foi alfaiate, durante muitos anos, com estabelecimento na Rua de Santa Catarina, quase em frente ao edifício que agora é o Via Catarina, mas anteriormente foram as instalações do jornal "O Primeiro de Janeiro".
Enquanto não fui para a escola primária e como os meus pais trabalhavam, todos os dias vinha para casa dos meus avós. Todos os dias ia com a minha avó ao Mercado do Bolhão e à mercearia Pérola do Bolhão. Muito brinquei com os botões que o meu avó tinha na alfaiataria...
A saudade é uma porta que nunca se fecha, assim como o amor por certas pessoas.