segunda-feira, 28 de abril de 2008

O concerto, a minha crítica

Pequena introdução:

Para começar, devo dizer que este é o primeiro concerto ao vivo que vejo do Nick. (já vi alguma coisa em televisão).
Em 11 de Junho de 1994 podia ter ido ao Coliseu do Porto ver um concerto dele, mas nessa altura optei por não ir. De todas as outras vezes que ele veio a este rectângulo à beira mar plantado, não fui ver por diversos motivos que me impediram.
Assim que soubemos do concerto do dia 22, eu e a minha marida decidimos que desta vez ele não podia prescindir da nossa companhia.

Estava com alguma expectativa quanto ao concerto, pois para além de ser a primeira vez, estes últimos álbuns tinham-me desiludido e o Dig Lazarus Dig, só o tinha ouvido uma vez, pelo que ainda não tinha uma opinião formada.

Posto isto, passemos propriamente dito ao concerto.

O início estava marcado para as 21 horas, sabíamos que iria haver uma primeira parte, não sabíamos por quem e a que horas o Nick entraria em palco.

Chegamos pouco depois das 21 e já estavam em palco dois homens e uma mulher a tocar. Para mim foi quase uma hora de tortura. Foi com um grande alívio quando os vi a irem-se embora.

Depois, estivemos cerca de 5/10 minutos com os técnicos em cima do palco a correrem de um lado para o outro, aparentemente desorganizados, a testar os instrumentos e os microfones.

Finalmente entra em palco o Nick e os Bad Seeds.

Eis o alinhamento
(obtido no Blog DeAr Lindo - http://arlindovsky.wordpress.com)

Night Of The Lotus Eaters
Today’s Lesson
Red Right Hand
Dig, Lazarus, Dig!!!
Tupelo
Moonland
The Ship Song
Midnight Man
I Let Love In
Jesus Of The Moon
Lie Down Here (& Be My Girl)
Deanna
Papa Won’t Leave You, Henry
More News From Nowhere

Primeiro Encore
The Lyre Of Orpheus
Stagger Lee

Segundo Encore
Straight To You
Lovely Creature
We Call Upon The Author

Como se pode ver, ele cantou diversas músicas deste último albúm. E foi notória reacção das pessoas. Quanto ele cantava os “clássicos” quem estava na plateia saltava, mexia-se, quando eram as músicas mais recentes, a inércia tomava conta dos corpos.

O som estava bom (não me deixo de surpreender com a qualidade de construção do Coliseu, ainda está de pé mesmo com o volume do som utilizado nos concertos)

Gostei bastante das luzes e dos efeitos com elas obtidos. Estavam dois conjuntos de luzes vermelhas atrás, que davam uma muito maior energia às diversas músicas.

Entre as músicas, sempre que o Nick falava, lá tinha de vir a palavra fuck. Acho que vai ficar para a eternidade o “obrifuckingado”.

Foi notório que ainda estavam no início da digressão, pois houve momentos, entre músicas, de alguma paragem que não eram simplesmente uma transição entre músicas.

Gostei da presença em palco do Nick , acredito que houveram concertos que ele esteve muito melhor, mas não posso ficar desagradado com a animação, os gestos, a energia que ele transmitiu.

Teceu elogios ao público, dizendo que estava ser melhor do que o de Lisboa (penso eu que tenham sido palavras só para dar graxa). Se o público estava a ser melhor do que o de Lisboa, se ele e os Bad Seeds não estavam a cometer tantos erros como no concerto de Lisboa, porque é que no Porto foram menos 5 músicas e cerca de menos trinta minutos de concerto?

Fazendo um balanço, posso dizer que gostei. Muito? Muito é dizer muito. Foram cerca de duas horas que vi o Nick e os Bad Seeds ao vivo, foi uma noite diferente e bastava só isso para justificar os 35 euros gastos com o bilhete.

Fico à espera da próxima vez que ele venha ao Porto, porque certamente lá estarei.

Em jeito de conclusão, só duas pequenas observações:
Antigamente nos concertos era tradição/moda acenderem-se os isqueiros, hoje os tempos são outros, fartei-me de ver ecrãns luminosos dos telemóveis;

no concerto de Lisboa, passado 30/40 minutos do fim do concerto, no site do Blitz já estavam fotografias do concerto, pouco tempo depois já lá estava a crítica ao concerto. Aqui no Porto, numa palavra: NADA. Nem fotografias, nem críticas, NADA. Também nisto se vê que o país é só Lisboa.

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