terça-feira, 9 de setembro de 2008

A comédia da justiça

Na minha leitura diária ao JN, regra geral, quando chega às notícias policiais, passo à frente, mas hoje tinha que ler uma notícia que mais parecia tirado de um qualquer filme cómico (muito cómico) - texto retirado do JN de hoje :

"Jovem saiu do tribunal e furtou um automóvel

Um jovem de 25 anos foi detido, pela GNR após ter furtado um automóvel que tinha a chave na ignição.

Acabava de sair do Tribunal de Paços de Ferreira onde foi presente ao Ministério Público para ser constituído arguido. Esteve detido no posto da GNR de Paços de Ferreira desde o dia anterior, em cumprimento de um mandato judicial por envolvimento em furtos de fios de cobre. Mal saiu do Tribunal furtou o carro, fugiu, mas acabou novamente detido pelas autoridades.

O homem, de Penamaior, Paços de Ferreira, é cadastrado e está referenciado por furtos. Implicado num processo de furto de cobre, foi detido pela GNR de Paços de Ferreira, tendo pernoitado no posto. Em cumprimento do mandado de detenção, emitido pelo Tribunal pacense, foi presente, cerca das 10 horas de ontem, ao Ministério Público, sendo constituído arguido no âmbito desse processo. Abandonou as instalações em liberdade.

Ao chegar à porta do Tribunal reparou que o automóvel, Rover, estava estacionado em frente ao edifício da câmara local, com a chave na ignição. Apercebendo-se da saída do proprietário do Rover, que se deslocou a uma agência de contribuintes na zona, o indivíduo entrou no carro, trancou as portas e fugiu.

A rápida actuação da GNR permitiu deter o assaltante a poucos metros do local do furto, na Rua 1º de Dezembro, onde foi montada uma barreira policial. Ao sentir-se encurralado, abandonou a viatura na estrada e começou a correr, perseguido por guardas que o apanharam ao fim de alguns metros.

Foi presente novamente ao tribunal, constituído arguido, agora sob a acusação de furto e de condução ilegal, por não ter carta. Posto em liberdade, terá de comparecer naquele tribunal no próximo dia 18."


Dá mesmo para rir.
Convém referir que o JUIZ apenas aplica a lei que os políticos fazem.

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