Logo de manhã, bem cedo, o sr. Alberto João convocou os jornalistas das ilhas, do continente, do jumbo para uma conferência de imprensa.
Algo de muito grave e importante deveria querer dizer, pois desta vez, a conferência era para ser no seu gabinete e não no Jardim, como habitualmente.
À hora marcada lá estavam os jornalistas. Aguardou mais três minutos, pois viu que ainda cabiam mais alguns jornalistas no seu gabinete.
Começou a conferência de imprensa em que falou de muitos números. Enquanto falava, ia reparando que os jornalistas estavam sempre a olhar para um canto do seu gabinete e falavam entre eles algo que não conseguia ouvir.
Vendo o desinteresse por aquilo que dizia, parou de falar dos milhões de números que tinha para relatar e resolveu elucidar os jornalistas sobre o canto do seu gabinete, com a esperança de retomar, rapidamente, o relato dos seus milhões de números.
Disse ele:
- Vejo que os senhores jornalistas olham com muita atenção para aquele canto do meu gabinete. Vou-lhes satisfazer a vossa curiosidade e dizer que ali, aquele canto tem um buraco na madeira. Mas não se preocupem, pois é um buraco pequeno e vou já mandar tapar. É tão pequeno que por ali nem passa um coelho.
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