sexta-feira, 4 de julho de 2014

Altar da Sé

Vão dizer que está escura, concordo;
vão dizer que tem luzes estouradas, concordo;
vão dizer que não está centrada, concordo;
vão dizer que não é o melhor enquadramento, concordo.
Podem não concordar comigo, mas olho para esta fotografia e gosto.
Fiquei fascinado por esta fotografia, toda aquela variedade de luz e escuridão, a vela ser atingida por toda aquela luz.
Mais uma fotografia em que as explicações não abundam para tentar justificar o meu fascínio.

Yashica Mat 124G
Kodak Tri-X 400
f/3.5
1/60 s
Sé do Porto, 09-05-2014

5 comentários:

  1. Eu não digo nada disso, QUESTIUNCAS !
    É lógico que na ara há um excesso de luz e que a outra hora não a teria.
    Quanto ao resto, tudo muito bem, dado que as dificuldades são inúmeras.

    Um abraço.

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  2. Eu podia dizer muitas outras coisas.
    Por exemplo:
    - Podia dizer que fotografar com uma máquina analógica, num local assim, onde as condições são geralmente de pouca luminosidade, que é uma coisa de mestre.
    - Podia dizer que na minha última (e para já única) aventura em fotografia a preto e branco analógica, também tirei uma fotografia dentro de uma igreja. E que por acaso, no meio de todas as minhas "nulidades" fotográficas, foi uma das fotografias que aproveitei para vir a publicar.
    - Podia dizer que tenho inveja, já claramente assumida em outros meus comentários, desta sua Yashica "Matilde".
    - Podia dizer que se tivesse sido eu, assumiria plenamente a assimetria do enquadramento e faria um crop à janela da esquerda ou da direita. Só deixaria uma delas.
    Seja qual fosse a janela escolhida para ficar, acho que a fotografia ficaria mais harmoniosa, porque não existiria a "tentação" de tentar equilibrar a fotografia com o nosso olhar, tendo como base as duas janelas.

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  3. Também acho, que as fotos, nem sempre têm que ser tecnicamente perfeitas... senão estamos permanentemente a desfilar técnicas, e não a passar emoções... digo eu... que sou leiga na matéria... mas acho que, às vezes, para registar a emoção, temos que esquecer a técnica, e vice-versa.
    Eu só teria eliminado a janela da direita, mantendo o lado direito, tão escuro, quanto possível, por oposição ao lado, por onde entra a luz, incidindo na vela.
    Às vezes, o que interessa mesmo, é só o momento, que a foto capturou, e o que ela simboliza... e tudo o mais... são peanuts.
    Gostar, porque sim... é para mim um motivo tão válido, como outro qualquer...
    Eu também gostei da foto, Questiuncas... porque sim, e mais nada!...
    Bom fim de semana.
    Um abraço.
    Ana

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  4. Eu não vou pôr defeito, até porque cada um interpreta e faz o que mais gosta.
    O Questiuncas já fez uma coisa que eu não consegui, estive aí há dias e não consegui tirar uma foto de jeito, fiquei com pena porque gostei muito do altar, ainda bem que ela apareceu aqui e gostei.

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  5. não é o lendário altar de prata, mas ficou excepcional! se a foto ficou perfeita é discutível... eu gosto muito do contraste. além disso o que é perfeito é desumano, e eu gosto de fotos humanas! :)

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